sábado, 21 de maio de 2022

Uma despedida

 




Depois de literalmente, anos, usando este espaço para escrever um pouquinho do que eu gosto. Chegou aquele momento que normalmente ninguém é fã. Aquela hora em que restam poucas páginas de um livro, aquele tempo em que é mostrado os créditos finais de um filme... O momentos  do: "Tchau; Até logo ou até um Adeus".


Foi ótimo poder escrever meus pensamentos sobre os livros, músicas, filmes/seriados entre outras coisas que mostram um pouquinho de quem eu sou.

Foram alegrias ao receber o tão esperado livro de parceria com algumas editoras (Se tenho algumas coleções de livros foram graças a estas); mimos que recebi; entrevistas com autoras nacionais e até internacionais; promoção; ingressos de cinema; eventos para blogueiros. Foram também momentos de tristeza quando não conseguia parcerias; quando eu montava a postagem com layout todo correto porém publicação saía com a formatação completamente errada. Passar um tempo escrevendo e ninguém realmente lê (Nem sua mãe ou amigas, as vezes) .Contudo, cada cantinho deste espaço foi preenchido com muito carinho, dedicação e luta (Os marcadores de livros na foto postada foi patrocínio depois de diversas tentativas com gráficas).

Quando veio a pandemia, eu resolvi dar um "Pause" no blog e só pretendia voltar a escrever nele quando tudo melhorasse. A situação da Covid-19 pode ter melhorado entretanto as nossas vidas nem sempre acompanham o mesmo ritmo. 

Sendo assim, resolvi encerrar as postagens no blog. Foi um pedaço importante para mim da qual guardo com eterno carinho e aprendizado também do quanto o mundo é exigente. Qualidade e quantidade, por vezes, não andam de mãos dadas. Os números saem nesta corrida com uma vantagem disparada onde as palavras deviam valer mais, não?

 Esta parte de mim terá um lugar especial; blog não será deletado. Ficará com seus momentos registrados como aquele já raro atualmente,  álbum de fotografias para rever os momentos passados.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Livro: Para todos os garotos que já amei - Jenny Han



















Sinopse: Lara Jean guarda suas cartas de amor em uma caixa azul-petróleo que ganhou da mãe. Não são cartas que ela recebeu de alguém, mas que ela mesma escreveu. Uma para cada garoto que amou — cinco ao todo. São cartas sinceras, sem joguinhos nem fingimentos, repletas de coisas que Lara Jean não diria a ninguém, confissões de seus sentimentos mais profundos. Até que um dia essas cartas secretas são misteriosamente enviadas aos destinatários, e de uma hora para outra a vida amorosa de Lara Jean sai do papel e se transforma em algo que ela não pode mais controlar

Comentando...

 Este livro ganhei assim que foi lançado (Tenho Primeira edição, sim eu reparo isso). Na época, capa e título chamaram minha atenção; lembro de ter comentado com uma amiga (Naiara - "Nainha") e depois ela me presenteou com o livro. 

 Tempos depois soube que a Netflix ia produzir um filme baseado em "Para todos os garotos que já amei". Só li o livro agora porque ,finalmente, consegui comprar os demais volumes que completam a trilogia. E somente depois de ler que assisti o primeiro filme.

 Posso dizer que durante cerca de duas semanas tive a doce experiência de "ser" Lara Jean Song e foi ótimo!Me vi não sentindo absolutamente "nada" ou até mesmo desprezo, pensando:"Como Peter é metido e superficial" e no meio da leitura já estava me apaixonando.

Quem viu o filme infelizmente só tem algo muito raso da vida de Lara. Personagens que amei como Kitty aparecem de forma um tanto pálida na produção. Por isso apesar de ser um filme fofinho; passa bem longe da representatividade do livro. Principalmente as partes finais alteradas. Nem trailer do filme vi; o que foi ótimo porque, tive minha própria percepção ao ler. O ator ,Noah Centineo, que interpretou Peter na minha cabeça seria/é perfeito como Josh!

"Ele tem a expressão de um Garoto Bonito de outra época. Poderia ter sido um belo soldado da Primeira Guerra Mundial, bonito o bastante para uma garota esperar durante anos [...] A beleza natural de Peter parece saída de um filme antigo.[...]" - Página 39 

  Narrado em primeira pessoa,o leitor tem todo o contato com os pensamentos da encantadora personagem Lara Jean. 

"[...] É engraçado como boa parte da infância depende da proximidade. Como a escolha da melhor amiga está diretamente relacionada com a proximidade das casas; como a pessoa que se senta ao seu lado na aula de música depende do quanto seus nomes estão próximos na chamada. Era uma questão mais relacionada à sorte do que qualquer outra coisa. [...]" - Página 38

 Uma das minhas cenas favoritas que NÃO tem no filme: é ir com Peter comprar cadeiras para o antiquário da mãe dele (Tenho um certo fascínio por coisas antigas e o passado/significado atrelado a cada objeto). Então naquele momento o personagem me conquistou.

 A família mostra-se parte importante do livro; amizade, fraternidade e o descobrimento do amor. Esta leitura me fez retornar anos e anos atrás quando li a série "O Diário da Princesa".

 Tem um elemento que sou apaixonada: Cartas e no livro lemos todas.

"[...] Cartas de verdade, escritas à mão em papel, que ela pudesse segurar e guardar e reler sempre que desse vontade. Eram provas sólidas e tangíveis de que alguém estava pensando nela." - Página 108

"Para todos os garotos que já amei" é aquela leitura leve que te conquista aos poucos e tornou-se um dos meus " livros queridinhos". Finalizo a resenha com o trecho:

— [...] Mas muitas pessoas que conheço namoraram e não se apaixonaram nem uma vez. [...]" - Página 173

domingo, 1 de março de 2020

Livro: Corte de Espinhos e Rosas - Sarah J. Maas










Comentando...

 Desta vez, não colocarei sinopse como costumo a fazer na introdução das resenhas. Na minha opinião a sinopse oficial "conta demais". Fiquei MUITO feliz em ao ler este livro e eu mesma não ter lido sinopse pois, aí sim temos os impactos de cada acontecimento. Esse é um hábito que tenho adquirido cada vez mais: NÃO ler sinopses porque, são poucas as editoras que sabem dar o ar de suspense para instigar o leitor, infelizmente, muitas revelam a metade do enredo. 

 Se há alguns Carnavais atrás, Cassandra Clare me encantou com seu mundo de Caçadores de Sombras; Sarah J. Maas salvou meu feriado em sua história fantástica, com os feéricos,  Grão -Senhor de cada corte e toda magia por ela criada.

 O início do livro é um pouco "parado" mas logo isso transforma-se rapidamente e o leitor a cada página quer saber mais e mais. Personagens altamente bem elaborados desde a protagonista Feyre que inspira coragem e determinação; da vilã  até todos os demais personagens sejam eles  principais ou secundários.


"[...] mas... eu estampava tanto de pessoas que odiávamos e amávamos que era insuportável [...]" - Página 77


" [...] Eu não teria me importado com uma primavera finita e amena enquanto cuidava da minha família — o inverno nos deixava perigosamente próximos da morte todos os anos —, mas, se eu fosse imortal, talvez quisesse um pouco de variedade para passar o tempo.[...]" Página 135

 Este é o primeiro volume com 431 páginas em que a autora soube conduzir deixando um desfecho com deixa para os próximos dois livros. Já havia lido o sucesso "Trono de Vidro" ,entretanto, ouso dizer que " Corte de Espinhos e Rosas" é melhor em todos os aspetos e me conquistou.


" Mas aproveitei o momento; minha vida ficou linda de novo durante aqueles poucos segundos em que nossas mãos se encontraram." - Página 388

 Narrado em primeira pessoa pela protagonista Feyre. Mass soube detalhar o que era necessário e trazer uma passagem de tempo relativamente rápida. Acontecimentos que se não fossem bem trabalhados tornariam a obra cansativa que definitivamente passou longe disso... Tornou-se um livro altamente instigante e  absolutamente apaixonante.

" [...] e o brilho das estrelas dançou em seus olhos quando falou: — O que seria suficiente para fazê-la feliz? - Página 171

 Ao ler "Corte de Espinhos e Rosas" é inevitável não perceber o toque de inspiração no conto de fadas "A Bela e A Fera":


"[...] — Quem quer alguém por perto tão coberta de espinhos?"
— Espinhos?

— Espinhos. Afiada. Azeda. Teimosa. " - Página 255

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Livro: Um Acordo Pecaminoso - Lisa Kleypas











Sinopse: Lady Pandora Ravenel é muito diferente das debutantes de sua idade.   Enquanto a maioria delas não perde uma festa da temporada londrina e sonha encontrar um marido, Pandora prefere ficar em casa idealizando jogos de tabuleiro e planejando se tornar uma mulher independente.
 Mas certa noite, num baile deslumbrante, ela é flagrada numa situação muito comprometedora com um malicioso e lindo estranho.                                                        Gabriel, o lorde St. Vincent, passou anos conseguindo evitar o casamento, até ser conquistado por uma garota rebelde que não quer nada com ele. Só que ele acha Pandora irresistível e fará o que for preciso para possuí-la.                                                                    Para alcançar seus objetivos, os dois fazem um acordo curioso e entram em uma batalha de vontades divertida e sensual, como só Lisa Kleypas é capaz de criar.
Comentando...
  O primeiro fato que vem a minha mente depois deste leitura é : "Preciso ir em um baile e ficar presa em um banco" .Quem não leu vai achar totalmente estranho o meu desejo mas depois de ler as primeiras páginas de uma cena um tanto cômica entenderão. O título original é "Devil in spring" (Diabo na primavera) que particularmente acho um título melhor pois a protagonista certa vez refere-se a Gabriel como um diabo no sentido de a deixar nervosa e causar sensações que não conhecia. 
  Trata-se do volume 3 da saga "Os Ravenels" cada livro destaca um membro da família e recomendo ler na ordem. Admito não estar tão ansiosa assim pela história de Pandora. Contudo, a autora surpreende o leitor e não há como não se apegar a querida protagonista. O seu par romântico lorde St. Vicent - Gabriel - é  nada mais que filho de Evie- personagem do livro "Pecados no Inverno" que foi o meu favorito da série "As quatro estações do amor". Então, descobri que definitivamente tenho uma queda por Vicent e companhia.
 Pandora é uma moça que deseja ser independente, preza sua liberdade e sonha em ver jogos de tabuleiros criados por ela sendo produzidos e vendidos. Apesar de conservar a inocência em seus pensamentos e ações, já demonstra ser decidida e uma mulher a frente de seu tempo:
" [...] Quando pequena jamais gostei de histórias sobre princesas esperando para serem resgatadas. Nunca fiz pedidos para estrelas cadentes nem arranquei pétalas de margarida enquanto recitava bem me quer, mal me quer" - Página 40
"— Quer saber por que adoro jogos de tabuleiro? Porque as regras fazem sentido, e são as mesmas para todos. Os jogadores tem oportunidades iguais." - Página 171
 Gabriel é um personagem apaixonante, bem humorado e que não luta contra seus sentimentos:
" Santo Deus, ela realmente andava em círculos...A pontada de ternura que Gabriel sentiu no peito foi como uma dor.
 Ele queria que todos os círculos de Pandora a levassem até ele." - Página 107
 A autora sabe colocar o tom doce nas palavras:
"Quando encarou os olhos sorridentes dele, Pandora teve a sensação de que todas as janelas de seu coração se abriam." - Página 122
 Kleypas consegue melhorar a cada livro! Um romance sensual, carga dramática porém nada forçado e sim algo que faz entender melhor a protagonista apresentada desde o livro 1, toques perfeitos de humor, diálogos empolgantes e o enaltecimento do Feminismo. Tanto que ao final, a  autora explica ,por exemplo, que a personagem Pandora é uma homenagem a Elizabeth Magie criadora real de alguns importantes jogos de tabuleiros.
 A editora mantêm a diagramação dos volumes anteriores e fez uma linda arte na capa. Um livro que certamente marcará quem gosta de um romance de época.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Assisto ou Desisto: Anne Whit an E - 2ª e 3ª Temporada









Mudando o início das postagens usuais, esta não conterá sinopse pois, já comentei na  resenha de Anne With an E  quando primeira temporada foi exibida.

 Esta resenha é SEM spoilers, sobre minhas impressões das duas últimas temporadas. Já adianto que há uma campanha Gigantesca para a série ganhar nova temporada e boatos afirmam que Disney demonstrou interesse, o que particularmente tenho medo porque deveria continuar com os mesmos produtores.

 Uma série E-N-C-A-N-T-A-D-O-R-A. Em que cada pessoa que sofreu alguma perda, senti-se deslocada no mundo e ama ler, certamente se identificará com a protagonista Anne.

 Tudo de certa forma muito idealizado, as amizades, o amor... Entretanto,  há tanta tristeza no mundo que ver algo assim preenche o coração com um pouco de ternura. (Sinceramente, queria poder viver dentro deste seriado).

 A segunda temporada é perfeita cada capítulo uma nova lição. Novos personagens inseridos que dão mais profundidade a trama. 

Segue meus diálogos favoritos:


— Eu adoro este lugar.Adoro...contemplar o horizonte, e imaginar todos os lugares que existem no mundo...E todas as possibilidades." 

" — Todo livro contém um mundo inteiro. Há aventura, romance. Há navios, tiroteios, cavaleiros montados em seus cavalos! Nunca sabe o que vai acontecer.Você pode ser qualquer pessoa. Ir a qualquer lugar. Ler pode salvar sua vida."

"— Acho que coisas quebradas possuem uma triste beleza. Após anos de história, triunfos e tragédias infundidos nelas, podem ser tão mais românticas do que algo novo que nunca viveu nada."


"—Me diga e eu me esquecerei. Me ensine e me lembrarei. Me envolva e eu aprendo. Ser diferente não é ruim. Só não é ser igual."

 A terceira temporada apesar de ótima, talvez foi um pouco "corrida", não houve espaço para os diálogos inspirados de Anne, diria que  houve mais acontecimentos .Chorei muito no episódio 3 intitulado de " Um coração determinado" e não foca na Anne e sim em outra personagem. Entretanto, a temporada fecha literalmente com chave de ouro. 

 Sinto que não há mais palavras, no momento, para expressar meu carinho por "Anne Whit an E ". E meu conselho é simplesmente, assista.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Livro: Feitiço Sombrio - Christine Feehan










Sinopse:   A jovem Savannah Dubrinski era uma ilusionista mundialmente famosa, capaz de hipnotizar milhões de pessoas em seus shows. Mas havia Gregori, o vampiro obscuro que a aprisionou em um terrível cativeiro. Os olhos claros e a quente sensualidade de Gregori provocavam em Savannah arrepios de perigo e de desejo. Com seu próprio feitiço sombrio, Gregori dizia que ela havia nascido para salvar sua alma maligna. E finalmente chegou a hora de lutar por ela! Para torná-la completamente sua. Entre nesse ritual de sedução apaixonante, que é tão antigo quanto o tempo e tão inevitável quanto a eternidade.

Comentando...

 Feehan é uma autora Best-seller no The New York Times e recebe muito prestigio literário ao longo da sua carreira.

"Feitiço Sombrio" é o volume 4 da saga "Os Cárpatos" cada volume foca em um casal, dá para ler de forma separada entretanto o ideal é ler todos os livros em ordem pois, há citação dos demais personagens,

 A autora escreve para um público adulto e entra no universo dos Vampiros mas com sua próprias peculiaridades. Cárpato  é um ser que precisa de sangue para sobreviver, tem poderes físicos e mentais; a parte mais importante fica por conta de achar a "companheira" (Termo usado para representar o seu grande amor) que trará Luz em sua vida e não o deixará cair na Escuridão literalmente que seria transforma-se em vampiro. As mulheres de sua espécie estão em extinção assim como a população, o que torna os membros restantes mais importantes ainda.

 Neste livro é a história do Gregori, O OBSCURO. Ele é muito poderoso, tem habilidades de cura mas está muito próximo de se transformar em vampiro, até conhecer Savannah e nela encontrar um pouco de esperança.

 Tudo é descrito com intensidade e mesmo sabendo da "Fera" que o cárpato pode transforma-se não completando o ritual achando sua companheira, creio que a autora talvez "antecipou" muito os acontecimentos. Ao meu ver, poderia ter colocado o personagem mais distante de sua "Fera" e assim aos poucos criar laços com o leitor. Tudo é justificado e explicado com Gregori sempre estando no passado de Savannah, mesmo assim senti falta dessa "conexão".


" O tempo era tudo e nada para Gregori. Era limitado, uma extensão interminável do insosso isolamento. Por muitos séculos ele enfrentara o cruel e absoluto isolamento de ser um macho de sua espécie. Suas emoções morreram, deixando-o com sangue frio, capaz de crueldades inimagináveis. [...] Sobreviveria ele ao ataque violento, à inundação de emoções, ou seria ele arremessado de cabeça no mundo da loucura?" - Página 52

 Contudo, ao longo da leitura é possível conhecer todo lado bondoso e terno que envolve Gregori apesar da sua personalidade mandona e ciumenta característica dos cárpatos. O que vai dando equilíbrio ao enredo fica por conta  da protagonista, Savannah, sempre mostra-se forte e alguém que luta pela sua independência. Perigos externos ameaçam a vida dela e tem que demonstrar sua força mais do que nunca.