terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Assisto ou Desisto: Mary Shelley

Sinopse: Mary Wollstonecraft Godwin tinha só 16 anos quando quis viver um amor e se tornou Mary Shelly, a feminista ferrenha que escreveu Frankenstein .

Comentando...

Admito antes de ver esse filme nunca tive Aquela vontade de ler o famoso  clássico. 
Entretanto, ele agora pertence a minha lista de Livros Desejados. Mas a versão contendo o texto integral Frankenstein  ou o Prometeu Moderno".

 Trata-se de um filme biográfico mas claro com toques de ficção em que conta a história da autora Mary Shelly. Eu não sei quanto a vocês, porém, eu não sabia que "Frankenstein" havia sido escrito por uma mulher e isso ao meu ver valoriza ainda mais a obra, visto que inicialmente foi publicada em 1918 com autoria anônima pois não queriam que uma mulher "desconhecida" e com má reputação pela Sociedade tivesse seu nome associado com uma história de terror; a publicação foi um grande sucesso e revolucionária. A partir de sua segunda edição já colocaram o nome da autora. Ela escreveu quando tinha apenas 18 anos.


 O filme captou minha atenção desde início ao fim.  A escolha do elenco é ótima, além das atuações transmitirem toda emoção, destaco a caracterização física  dos personagens que assemelham-se aos verdadeiros como o poeta Lord Byron e Percy Shelly. (Fiz a comparação pelos desenhos ou pinturas da época).

 Ao assistir "Mary Shelly" NÃO espere um romance romântico e sim um romance com uma pesada carga dramática. 


 É extremamente interessante ver a forma que o longa-metragem capta todos os fatos  vivenciados pela autora e explica cada ponto como sendo sua inspiração ao criar sua obra mais conhecida "Frankenstein  ou o Prometeu Moderno" que atravessou gerações. 


 Além da crítica do papel da mulher perante a Sociedade da época, é retratado a dificuldade de publicação caso o autor não seja conhecido (Algo que existe até hoje, infelizmente), nem tudo que um autor renomado publica é de fato uma grande obra (Editoras publicam pelo nome do autor já ser um sucesso) entre outras singularidades que o filme aborda.


 Poderia escrever muitos parágrafos sobre cada detalhe mas não vou dar spoiler.Então, posso afirmar que definitivamente "Marry Shelley" é um filme marcante e que recomendo para quem assim como eu gosta de filmes de época e mais do que isso, tem o fascínio por conhecer a vida do autor.  Veredito final: Assisto.


Nota: "Mary Shelley " está disponível na Netflix.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Livro: A Casa da Praia - Beth Reekles













Sinopse: Quem disse que a história de Elle e Noah acabou? Para a sorte de todos nós, que amamos A Barraca do Beijo, Beth Reeckles decidiu contar mais um pouco da história deles. Namorar o maior bad boy da escola jamais esteve nos planos de ELLE EVANS, mas aconteceu. Porém, isso teve um preço. Sua amizade com LEE FLYNN foi colocada à prova e ela teve que rever suas prioridades e abrir o jogo de uma vez por todas sobre o seu relacionamento secreto com NOAH FLYNN. Pode parecer um sonho finalmente conquistar o crush eterno de uma vida, mas uma hora o ensino médio vai acabar e Noah começará a faculdade. Entre fogos de artifício e confusões na praia durante as férias de verão, Elle e Noah precisam decidir qual será o futuro de seu relacionamento. Afinal, as coisas nunca mais serão as mesmas, nem mesmo na casa da praia.

Comentando...

Este livro é a continuação tão aguardada de "A Barraca Do Beijo". Neste volume, Elle, Lee e Noah vão passar as férias na casa de praia que já é uma tradição familiar. Contudo, esse ano, as coisas serão um pouco diferentes, já que Elle é oficialmente namorada de Noah; este está prestes a ir para faculdade e Lee também trará a namorada para passar algum tempo com ele.

"A Casa de Praia" poderia facilmente ser adaptada como o segundo filme dando sequência ao sucesso "A Barraca do Beijo" mas algumas alterações seriam essências visto que no livro Noah ainda não decidiu se vai ficar na faculdade e como vai ser seu relacionamento com Elle no futuro.Fato que está bem delimitado ao final do filme. E percebe-se algumas passagens que resolveram colocar de outra forma no filme fazendo referência a este volume. (Não vou revelar as referências para vocês lerem e descobrirem).

Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Elle, o livro continua com uma linguagem simples e que facilmente capta a atenção. Uma leitura bem leve que faz o leitor desejar fortemente estar na Casa de Praia. Contudo, confesso a autora bem que poderia descrever com mais detalhes as cenas de Noah com Elle. Ao meu ver, ficaram bem rápidas. E sejamos honestos, quem é que não gosta de ter detalhes quando o casal que a gente torce está junto?

O grande ponto demonstrado pela autora é que depois desse verão as coisas não serão mais as mesmas, por mais que Elle deseje isso de todo o coração, há fases da vida que não pode-se parar no tempo.E a casa da praia representa esse porto seguro da protagonista. É algo concreto e ao mesmo tempo simbólico.


" [...] Porque lá, com o mar e a areia e sem ninguém mais perto. nenhum de nós se importava com o que as outras pessoas pensavam.Era como se o verão na casa de praia significasse que tudo era diferente diferente da melhor maneira possível." - Página 10-11

"Os verões da casa de praia deviam sempre acontecer com todos nós juntos, aproveitando o tempo sem termos que nos preocupar com o dia longe dali, simplesmente nos divertindo. Os verões da casa da praia não devia ser interrompidos antes da hora por viagens até o campus da faculdade. Tudo aquilo parecia errado, adulto demais." - Página 108

 A editora Astral Cultural foi a primeira no mundo a publicar a edição física de "A Casa da Praia" então os leitores do Brasil  só tem que agradecer pelo comprometimento com as continuações.Logo na primeira página, Beth Reekles deixa uma dedicatória especial aos fãs brasileiros. A capa ficou bem fofa captando bem a essência que a leitura proporciona. 

E claro, como tudo que é bom, fica o pedido de mais livros envolvendo estes queridos personagens pois, a história não tem desfecho e sim muitos ganchos para as continuações.

sábado, 3 de novembro de 2018

Livro: Crash - Nicole Williams














Sinopse: Para a adolescente Lucy, nada é mais importante que o balé. A dança a transporta para um mundo onde a dor, as lembranças ruins e a violência não existem. Um mundo só dela. Um dia, porém, aquela garota certinha é obrigada a mudar de escola. E é nesse novo ambiente, repleto de descobertas e inseguranças, que conhece um garoto que só usa cinza e vive com uma toca de lã na cabeça. Jude, o maior bad boy da escola, é lindo e seria o sonho de toda garota, e talvez até o genro que todo pai pediu a Deus... se não tivesse sido preso várias vezes e não morasse num abrigo para garotos desajustados. Lucy não liga para a opinião dos outros- o mais importante é o que Jude sente por ela. E o rapaz parece disposto a abrir seu coração, ainda que um segredo que assombra o passado e o presente dos dois esteja prestes a estraçalhar essa paixão.

Comentando...

Confesso que ao ver a capa deste livro logo chamou a atenção. Contudo, o estopim que me fez desejar tanto ter "Crash" na minha coleção literária foi saber que o nome dos protagonistas foram dados em homenagem à determinadas canções do grande ícone musical The Beatles. A protagonista Lucy refere-se a música "Lucy in the sky with diamonds" e Jude por causa de "Hey Jude".

Um Young-Adult pela idade dos protagonistas porém as problemáticas abordadas são características mais do gênero "New Adult".

Contado em primeira pessoa sob a perspectiva de Lucy - uma linda jovem, corajosa e romântica.


" — Tá bom, tá bom. Eu sei que as mulheres estão dominando o mundo, mas eu ainda sou antiga para algumas coisas. [...] Acredito que deva ser o homem a tomar iniciativa com uma garota. [...]" - Página 12

                              " [...] Mas eu precisava continuar dançando.

Isso era a única coisa que me mantinha com a cabeça fora d` água quando eu  sentia que estava me afogando. A única que me fazia sobreviver ao dias  sombrios. A que que ainda me recebia de braços abertos  correspondia ao meu amor. A única coisa que não havia mudado em minha vida. " - Página 27

" [...] Na maior parte dos dias, conseguia enterrar minhas inseguranças e meu  passado horrível debaixo de muita atitude e temperamento.Dias como o de hoje me lembravam como eu era frágil. Como minha armadura supostamente forte podia ser facilmente perfurada pela pessoa errada  munidas das palavras certas." - Página 63

" [...] descobri que a dança não só disfarçava a dor, mas a curava. O balé me salvou de um jeito único. como meus pais, médicos e até eu mesma não teríamos conseguido. [...]"  - Página 143
Jude é aquele famoso bad-boy que a autora soube dar a profundidade no seu herói.

"—  [...] Não, Luce. Você olha para mim e me vê. —  Ele sorriu. —  Nem me lembro da última vez que isso aconteceu. - Página 79

Para quem lê MUITO pode achar que trata-se de uma leitura clichê. Entretanto, não se engane. Williams sabe trabalhar muito bem com cada personagem desde protagonistas aos secundários, como a mãe e o pai de Lucy. Versa elementos psicológicos do passado até o momento presente. E provoca a sede de leitura ao deixar no ar os segredos dos protagonistas que são revelados ao longo do enredo.


" [...] A única maneira de saber se Jude Ryder partiria meu coração
era abri-lo para ele.
A epifania deveria ser mais assustadora do que era. [...]" - Página 98

Nicole tem costume de um capítulo para outro mudar a ambientação ou passagem de tempo na história . Não há aquela descrição detalhada e sim diversos acontecimentos que regem a trama. Williams carrega um certo toque de sensibilidade ao tratar cada problemática fato essencial para tornar Crash uma leitura especial.

A diagramação está muito bem feita e delicada contendo elementos como a sapatilha ou uma fita formando um coração no encerramento de capítulos os passagens.

Para finalizar a resenha, deixo um trecho da canção "Hey Jude" tão significativa para esta leitura:


  Hey Jude
Hey, Jude, don't make it bad
Take a sad song and make it better
Remember to let her into your heart
Then you can start to make it better

Hey, Jude, don't be afraid
You were made to go out and get her
The minute you let her under your skin
Then you begin to make it better

And anytime you feel the pain
Hey, Jude, refrain

Don't carry the world upon your shoulders

[...]
Composição: John Lennon / Paul McCartney

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Música: There's No Way

             Sabe aquela canção que é verdadeiro amor desde ouvi-la, pela primeira vez ?

    Então,"There's No Way" cantado por Lauv e Julia Michaels é  exatamente este tipo de música. Fica a dica e a seguir, letra traduzida e depois, link do clipe:

                                                                Não há como

Você me toca e é quase como se soubéssemos
Que existiria história entre nós dois
Nós sabíamos que um dia teríamos arrependimentos
Mas apenas os ignoramos na noite em que nos conhecemos
Só estamos dançando de costas um para o outro
Tentando manter nossos sentimentos em segredo
Você me toca e é quase como se soubéssemos
Que existiria história

Mas não há como isso não acontecer
Com a forma em que estamos nos olhando
Mas não há como isso não acontecer
Cada segundo com você, me faz querer mais
Mas talvez a gente possa esperar um pouco
Assim podemos manter essa tensão sob controle
Mas não há como isso não acontecer
Com a forma em que estamos nos olhando

Eu queria poder fazer o tempo parar
Assim, poderíamos esquecer tudo e todos
Eu gostaria que o tempo se alinhasse
Assim, poderíamos ceder ao que queremos
Porque quando eu tenho alguém, você não tem
E quando você tem alguém, eu não tenho
Eu gostaria que o tempo se alinhasse
Assim, poderíamos ceder

Mas não há como isso não acontecer
Com a forma em que estamos nos olhando
Mas não há como isso não acontecer
Cada segundo com você, me faz querer mais
Mas talvez a gente possa esperar um pouco
Assim podemos manter essa tensão sob controle
Mas não há como isso não acontecer
Com a forma em que estamos nos olhando

Só estamos dançando de costas um para o outro
Tentando manter nossos sentimentos em segredo
Só estamos dançando de costas um para o outro
Tentando manter nossos sentimentos em segredo

Você me toca e é quase como se soubéssemos
Que existiria história

Mas não há como isso não acontecer
Com a forma em que estamos nos olhando
Mas não há como isso não acontecer
Cada segundo com você, me faz querer mais
Mas talvez a gente possa esperar um pouco
Assim podemos manter essa tensão sob controle
Mas não há como isso não acontecer
Com a forma em que estamos nos olhando

Continuamos dançando um contra o outro
Continuamos dançando um contra o outro

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Livro: Sem fôlego - Abbi Glines














Sinopse:Sadie White acabou de se mudar com a mãe grávida para a cidade litorânea de Sea Breeze, mas seu emprego de verão não vai ser na praia. Como a mãe dela se recusa a trabalhar, Sadie vai substituí-la como empregada doméstica numa mansão na ilha vizinha.
Quando os donos da casa chegam para as férias, Sadie se depara com ninguém menos que Jax Stone, um dos roqueiros mais desejados do mundo. Se Sadie fosse uma garota normal – se ela não tivesse passado a vida cuidando da mãe e dos afazeres domésticos –, talvez estivesse impressionada com a ideia de trabalhar para um astro do rock. Mas ela não está.
Na verdade, é Jax quem fica atraído por ela. Tudo a respeito de Sadie o fascina, mas ele luta contra esse desejo: relacionamentos nunca funcionam em seu mundo e, por mais que ele queira Sadie, sabe que ela merece algo melhor. Conforme o verão passa, no entanto, essa paixão começa a deixá-lo sem fôlego – e é como se Sadie fosse a única pessoa capaz de lhe devolver o oxigênio.
Será que o amor entre os dois pode superar as diferenças em seus estilos de vida? Jax e Sadie vão precisar respirar fundo e mergulhar nessa relação para descobrir.

Comentando...

 Primeiro livro da nova série de Abbi Glines. Mais uma vez, Glines cria uma lindo lugar fictício para ambientar sua trama, trata-se de Sea Breeze; outro ponto em comum com a série "Rosemary Beach"é que no primeiro volume é explorado o mundo de um astro do rock em contraste com a vida de uma protagonista que nunca viveu esse glamour. Uma diferença notável é que os capítulos não são mais aqueles curtinhos.

 Narração em primeira pessoa com o ponto de vista de Sadie e Jax, sem ser intercalados a cada novo capítulo e sim durante o desenvolvimento da história.

" [...] Como não sabia o que dizer, apenas os entreguei, e a sua expressão se iluminou. Seu rosto se abriu em um sorriso que me fez lembrar as fotos dele quando pequeno. Não era um sorriso que o  mundo podia ver nas revistas" - Página 63/64

"[...] Algo em seus olhos me fez ter vontade de abrir a alma. Eu era madura demais para ficar caidinha por um astro de rock adolescente." - Página 71

 "—  Sadie, eu sempre consegui o que quis. Mesmo antes antes de me tornar rico e famoso, eu tinha o dom de conseguir o que queria. Agora tenho a fama e a fortuna para conseguir o que quero e, pela primeira vez na vida, eu quero algo que não posso ter. - Página 76/77

" [...] Era deprimente o bastante para ser uma tragédia de Shakespeare.A garota que nunca achou que se apaixonaria afinal se apaixona pelo único cara que ela jamais poderá ter. De alguma forma, estar sentada ali comparando a minha vida a uma peça de Shakespeare provava quanto eu havia me apaixonado." - Página 80

   Você é todas as canções que já cantei. Nunca mais vou deixar nada magoar você. Pela primeira vez na vida, meus sonhos não têm a ver comigo" - Página 188

 Jax Stone é daqueles mocinhos bem compreensivos e apaixonantes. Sadie White é daquelas mocinhas altruísta.

   Ótima química entre os personagens. Mas, desta vez, a autora conteve-se em colocar as chamadas cenas "Hots". Há sim, cenas deste estilo no livro. Porém  não tanto comparando-se com qualquer outro volume  de "Rosemay Beach".

"Sem fôlego" tem como protagonista um astro do rock então é claro que o leitor foi presenteado com uma composição do personagem.

Abbi Glines mantêm seu estilo trabalhando com protagonistas jovens, problemáticas reais principalmente por parte da família de Sadie e aquela dose certeira de romance.

domingo, 23 de setembro de 2018

Assisto ou Desisto: A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata


















Sinopse: Juliet Ashton (Lily James) é uma escritora na Londres de 1946 que decide visitar Guernsey, uma das Ilhas do Canal invadidas pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, depois que ela recebe uma carta de um fazendeiro contando sobre como um clube do livro local foi fundado durante a guerra. Lá ela constrói profundos relacionamentos com os moradores da ilha e decide escrever um livro sobre as experiências deles na guerra.

Comentando...

 Antes que pensem ( Não, não estou obcecada por filmes que se passam durante ou Pós Segunda Guerra Mundial). Contudo,  este já é o terceiro filme que vejo no ano que passa-se nesta época que é daqueles que entram na lista do "PRECISO  resenhar".

 Mais uma adaptação de livro para as telas da Netflix. É demostrado as dores, perdas e consequências  do triste período que contempla Segunda Guerra; entretanto o foco do filme é o verdadeiro poder da leitura e isso é o que o torna tão delicado.

 Para começar a protagonista é uma escritora então ela tem a paixão pela leitura. No meio de tanta tristeza, os moradores da pequena ilha de Guernsy conseguem encontrar aquele toque de alegria e amizade, apesar das diferenças. Tudo isso por causa do conforto que as palavras de um livro são capazes de trazer. 

  Outro elemento importantíssimo que amo: cartas. A jornada de Juliet inicia-se ao receber uma carta de um desconhecido, explicando que adquiriu um livro e viu em seu interior escrito  o nome dela e endereço. Esta é a primeira carta que desperta um interesse em Juliet pois o remetente pede o endereço de alguma loja onde tenha o livro que procura. Desta forma, ela envia o livro e pede algumas respostas. Assim, conhece a "A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata" e em sua empolgação resolve visitar a tal ilha. 


É envolvente a forma dos acontecimentos pois há um toque de mistério sobre a personagem Elizabeth que é revelado ao longo do filme.

A empolgação que o clube tem em ler cada livro, comentar sobre personagens, detalhes da narração... faz você querer fazer parte da Sociedade ali criada.

Todos os personagens tem um papel relevante no enredo; atores muito bem escolhidos e ambientação daquelas que te transporta para outro lugar e outro tempo.

Frases favoritas:

" Caro, Sr. Adams que bom sua carta me encontrou, e o meu livro a você. [...] Talvez os livros tenham um instinto secreto que os leve até os leitores perfeitos.Seria tão bom se fosse verdade! [...]"

"Nos conhecíamos, mas não muito bem.Era Elizabeth que tínhamos em comum. E, por algumas horas, ela nos aproximou, nos ajudou a esquecer a ocupação, os alemãs, a guerra, tudo o que perdêramos, e a lembrar da nossa humanidade."

"O clube de leitura virou nosso refúgio.É uma liberdade particular sentir o mundo escurecer à sua volta e precisar só de velas para vislumbrar novos mundos.Foi o que encontramos na nossa sociedade.Mas não preciso lhe dizer isso. Você já sabe do que os livros são capazes.Temos isso em comum... mesmo tendo vidas diferentes."

"Caro Sr. Adams, os livros também foram meu refúgio.[...] no mundo dos livros que fiz meu lar. Eles me salvaram, Com certeza."

Definitivamente, um filme sensível e que merece ser assistido se você é apaixonada por livros:

domingo, 16 de setembro de 2018

Livro: Restaura-me - Tahereh Mafi

Sinopse: A história de Juliette e Warner continua no eletrizante novo volume da série Estilhaça-me, de Tahereh Mafi, autora best-seller do The New York Times. 

Juliette Ferrars acreditava ter vencido. Assumiu o controle do Setor 45, foi nomeada nova Comandante Suprema da América do Norte e agora conta com Warner ao seu lado. No entanto, quando a tragédia se instala, Juliette precisa confrontar a escuridão que existe tanto à sua volta quanto em seu interior. 
Em que ela se transformará diante da adversidade? Será Juliette capaz de controlar seu poder e usá-lo para o bem?

Comentando...

 Inicialmente, tratava-se de uma trilogia distópica mas para o delírio dos fãs a autora continuou e haverá juntamente com esta, três obras da saga publicadas  pela editora Universo dos Livros. Os volumes são sequenciais e para quem ainda não conhece, deixo o link das resenhas dos livros anteriores:


 Alguns leitores podem ter ficado ,inicialmente, com aquele medo que a continuação fosse "mais do mesmo".Entretanto, a brilhante  Tahereh Mafi novamente demonstra todo seu poder de segredos; a narração em primeira pessoa solidificando toda angustia de Juliette e ainda tem a narração de Warner. 

 Mafi prova que este livro com toda certeza deveria ser escrito, o leitor consegue desvendar mais sobre os passado dos protagonistas além da entrada de novos personagens e desenvolvimento daqueles que já eram conhecidos dos demais livros.

" [...] Em vez disso, os líderes do mundo deixaram clara a nossa insignificância: estão nos ignorando como ignorariam uma mosca, prendendo-nos debaixo de um copo onde ficamos livres para zumbir quando quisermos, para bater nossas asas quebradas nas paredes somente pelo tempo que o oxigênio durar. [...]" - Página 15

" [...] Mas o fogo do verdadeiro ódio, percebo, não pode existir sem o oxigênio da afeição. [...]" - Página 22

" Sinto um enorme medo de me afogar no oceano do meu próprio silêncio." - Página 77 

"[...]Meu passado ainda está grudado em mim, mãos de esqueleto me puxando para trás mesmo enquanto eu me impulsiono em direção a luz. [...]" - Página 136

"[...] Juliette nunca viveu em nenhum lugar que não seus livros e suas lembranças." - Página 143

"Especialmente nesses momentos silenciosos, vulneráveis.Essas pausas que habitam entre sonhos e realidade são minhas favoritas.
 Há uma graça nessa consciência hesitante, um retorno cuidadoso e gentil ao nosso jeito de funcionar.Descobri que amo esses minutos pela forma delicada como se desenrolam. São tenros." - Página 216

"[...] A frustração de tanto poder, tanto poder, e me sentir tão completamente impotente," - Página 333

Mesmo com a forte carga dramática há romance e pinceladas de humor.

Algo que admiro na autora é seu poder de captar emoção com suas palavras, principalmente nos já conhecidos "Diários de Juliette no hospício" que em determinada parte, alguns trechos deste diário são inseridos no início de cada capítulo:


"[...]Corra de olhos abertos e boca fechada e represe o rio que corre por trás de seus olhos.[...]" - Página 234

Página 278 e um pedaço da 279 Juliette retrata a solidão que sentia. Não consegui extrair apenas uma passagem. Então, destaco estas páginas em especial.

Edição muito bem feita tanto a capa quanto a diagramação.

 Sabe aquela leitura que você tenta prolongar ao máximo principalmente nas partes finais porque você não quer terminar logo ? "Restaura-me" causa exatamente isto. Aquela divergência de emoções: A curiosidade/ansiedade ao virar de cada página e a angustia por saber que o livro está finalizando e você quer mais e mais....

 Estou ansiosa para o próximo volume. Querendo apenas mais, mais e mais....

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Livro: Mais Lindo Que A Lua - Julia Quinn












Sinopse: Foi amor à primeira vista. Mas Victoria Lyndon era a filha do vigário, e Robert Kemble, o elegante conde de Macclesfield. Foi o que bastou para os pais dos dois serem contra a união. Assim, quando o plano de fuga dos jovens deu errado, todos acreditaram que foi melhor assim.
Sete anos depois, quando Robert encontra Victoria por acaso, não consegue acreditar no que acontece: a garota que um dia destruiu seus sonhos ainda o deixa sem fôlego. E Victoria também logo vê que continua impossível resistir aos encantos dele. Mas como ela poderia dar uma segunda chance ao homem que lhe prometeu casamento e depois
despedaçou suas esperanças?
Então, quando Robert lhe oferece um emprego um tanto incomum – ser sua amante –, Victoria não aceita, incapaz de sacrificar a dignidade, mesmo por ele. Mas Robert promete que Victoria será dele, não importa o que tenha que fazer. Depois de tantas mágoas, será que esses dois corações maltratados algum dia serão capazes de perdoar e permitir que o amor cure suas feridas?


Comentando...

 Para mim, livros da autora Julia Quinn dispensa sinopse. Quando vejo algum lançamento da autora ,automaticamente, já quero ler/ter na minha estante.

 " Mais Lindo Que A Lua" a autora aborda a questão do amor à primeira vista e logo no início da leitura Quinn escreve uma carta ao leitor que esclarece sobre o processo desta escrita.

 O livro aborda dois tempos: A fase em que Robert e Victoria (Torie - forma carinhosa que Robert a apelidou) se conhecem:

"— Eu sei. Em minha mente, entendo que a vi pela primeira vez há dez minutos, mas meu coração a conhece desde sempre. E minha alma também." - Página 14

"Eles tinham tudo - e o ao mesmo tempo nada - em comum.
Encontraram suas almas um no outro e compartilhavam segredos e pensamentos que até então não podiam expressar. " - Página 23

E sete anos depois, quando pelo destino os protagonistas reencontram-se:

— Mas eu nunca fingi ser bom e sincero.Nunca fingi ser o rapaz dos sonhos. - Ele se inclinou para a frente e acariciou o rosto dela com as costas da mão.Seu toque era frio e suave. — Nunca fingi ser um anjo." -Página 54

"Seria mesmo possível amar e odiar ao mesmo tempo?Robert sempre ridicularizou essa possibilidade, mas agora já não tinha tanta certeza. [...]" - Página 86

"No fundo de seu coração, Victoria sabia que Robert tinha o poder de fazê-la feliz além de seus maiores sonhos. Mas também tinha o poder de destruir seu coração. E ele já havia feito isso uma vez... Não, duas vezes." -Página 148

 Victoria é uma personagem decidida assim como Robert, ambos carregam ressentimentos. Porém, ela é a mais relutante ao abrir o coração novamente. Fato este que dá mais trama para o livro. Assim que Robert a encontra, ele está frio, extremamente magoado e quer fazê-la sentir-se da mesma forma. Quando a verdade do que os separou é revelada ele usará todos os meios possíveis para reconquistá-la.  

Destaque para tia do Robert e sua prima Harriet que participam de uma cena hilária onde muitos chás são servidos para "acalmar os ânimos".

Toques de romance, mal entendidos e humor permeiam essa bela obra de Julia Quinn. Deixando no coração o desejo de quem sabe um dia, ser presenteado com um amor à primeira vista.